Bebê resgatado na China passou de duas a três horas preso em cano
Bebê encontrado em tubulação de esgoto do vaso sanitário dum prédio residencial no leste da China é retirado com vida (Foto: AFP)
O bebê recém-nascido que foi resgatado em uma tubulação de esgoto em um prédio em Jinhua, na China, depois de cair no vaso sanitário, passou de duas a três horas preso no cano, segundo a polícia. O caso provocou choque e revolta no país.
A mãe telefonou para o senhorio e disse que ouviu "barulhos estranhos" na tubulação. O proprietário do imóvel ligou para a polícia depois de localizar a criança.
As tentativas de retirar o bebê falharam e a equipe de resgate foi obrigada a cortar um trecho de 10 centímetros de diâmetro, com o recém-nascido dentro. Em seguida levaram a criança para um hospital.
Bombeiros e médicos passaram quase uma hora retirando a tubulação, pedaço por pedaço, com serras e alicates, para finalmente retirar o bebê, que ainda tinha a placenta junto ao corpo.
"A mulher estava no local durante todo o processo de resgate e admitiu (que era a mãe) quando nós perguntamos", disse um policial.
O pai ainda não foi localizado.
A polícia investiga para determinar se a mãe teve a intenção de jogar a criança no vaso, antes de decidir se ela será indiciada.
O menino de 2,3 quilos sofreu alguns cortes no rosto, pernas e braços e foi colocado em uma incubadora no hospital.
As primeiras notícias divulgadas pela imprensa local afirmavam que a criança foi jogada de modo deliberado no vaso.
De acordo com fontes médicas, o bebê está bem e já pode receber alta. A mãe está em condição crítica por complicações no momento do parto.
O caso provocou uma forte reação dos chineses nas redes sociais, com muitas mensagens de desejo de recuperação ao bebê.
Bebês chineses nascidos fora do casamento muitas vezes são abandonados em consequência das pressões sociais e financeiras. A política do filho único do país também pode representar multas pesadas para os casais que têm mais de um bebê.
Bombeiros cortam cano para retirar bebê (Foto: AFP)
Bombeiros tiveram que cortar um trecho de 10 centímetros de diâmetro do cano, com o recém-nascido dentro (Foto: Reuters)
Homossexual é encontrado com ferimentos graves em boate no Rio
Luiz Antônio está internado em estado grave.
(Foto: Rosalina Brito/Arquivo Pessoal)
O que era para ser um momento de descontração para o cabeleireiro Luiz Antônio de Jesus, de 49 anos, virou um pesadelo. Ele foi encontrado na madrugada de domingo (26) caído em na a Boate Queen, na Zona Oeste do Rio, com ferimentos no rosto e no pescoço. Nesta terça-feira (28), segundo a assessoria da Polícia Civil, equipes da 32ª DP (Taquara) fizeram uma vistoria e interditaram o local no início da tarde por falta de documentação adequada.
Procurada pelo G1, Rosalina da Silva Jesus de Brito, jornalista em um jornal comunitário, informou que o irmão Luiz Antônio, que é homossexual, estava muito feliz no domingo e resolveu sair para dançar. Ele pediu à sobrinha levá-lo até a boate em Jacarepaguá, por volta de 1h.
Como o cabeleireiro não voltou para dormir em casa e não avisou nada, a família ficou preocupada e foi até a casa noturna para saber alguma informação. Segundo Rosalina Brito, a dona do estabelecimento, Jade Lima, informou para a filha e para a irmã que Luiz Antônio foi encontrado passando mal e vomitando no banheiro e foi levado pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, por volta das 3h. Rosalina contou ainda que elas viram manchas de sangue na porta do banheiro, mas a proprietária disse que a sujeira era antiga. “Ela [Jade] ficou tentando despistar elas.”
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, ele deu entrada no Hospital Lourenço Jorge com trauma crânio-cefálico e está na UTI, em coma. Um segurança, suspeito da agressão, deve ser ouvido ainda nesta terça.
Jade Lima confirmou em um site de relacionamento que na madrugada de sábado (25) para domingo um cliente foi encontrado caído em um dos banheiros do estabelecimento. Segundo ela, “havia no momento do ocorrido algumas pessoas na fila, que ouviram o barulho da queda e foram elas que acionaram o staff da casa para socorrer esse cliente. Não houve qualquer tipo de agressão”. O G1 tentou entrar em contato, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Rosalina Brito informou que a família encontrou Luiz Antônio com o rosto muito machucado. “Debaixo do queixo tem um corte de um lado para o outro. Ele está com o rosto desfigurado, está cheio de ponto, com o pescoço roxo, parece que enforcaram ele”, contou.
De acordo com Rosalina, a dona da boate informou que o local possui 40 câmeras no circuito interno de segurança, mas o equipamento do banheiro não estava funcionando no momento do incidente.
Segundo informações do RJTV desta terça-feira (28), outro cliente da boate procurou a 32ª DP no domingo (26) para relatar uma agressão de um suposto agente de segurança da boate. Sobre o segundo caso, Jade Lima disse também em uma rede social que no domingo um cliente foi convidado, pelos seguranças da casa, a se retirar da boate por estar importunando outros clientes. "Também não houve agressão nesse caso, entretando o cliente, decidiu dar queixa na delegacia por se sentir ofendido por tal acontecido", explicou a proprietária.
A jornalista contou que todos os outros irmão estão empenhados para resolver o caso. “Não podem ter feito isso com ele porque ele era gay, ninguém merece passar por isso”.
A família fez um apelo para qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso ligue para o Disque-Denúncia pelo telefone 2253-1177.
Enem fecha prazo de inscrição com recorde de 7,8 milhões de candidatos
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) encerrou as inscrições com 7.834.024 inscritos, segundo informações do Ministério da Educação. As inscrições foram encerradas às 23h59 desta segunda-feira (27). O número é recorde na história de 15 anos do exame do MEC. Em 2012, com 5.971.290 inscritos, recorde até então. O ministro Aloizio Mercadante vai dar uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (28), em Brasília, para comentar o balanço final das inscrições do Enem.
O número supera as expectativas do próprio MEC, que estimava 6,1 milhões de inscrições para este ano. O número final, no entanto, pode cair um pouco. O pagamento da taxa, no valor de R$ 35, pode ser feito até esta quarta-feira (29). Quem não pagar vai perder a inscrição. Em 2012, cerca de 500 mil inscritos não confirmaram o pagamento no prazo final.
As provas serão nos dias 26 e 27 de outubro.
Em evento em Brasília, Mercadante afirmou que o site do Enem foi alvo de dois ataques de hackers ao longo do período de inscrições, mas que não chegaram a prejudicar o funcionamento do sistema de inscrições. O MEC afirma que estes ataques não têm relação com o erro apresentado na madrugada desta segunda-feira, quando a frase "inscrições encerradas" apareceu na página do Enem.
Criado em 1998, o Enem tem suas notas usadas no processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para vagas em universidades e institutos federais. O exame já tinha sido adotado em sua totalidade por várias universidades de destaque como a UFRJ e UFF, e nesta edição substituirá os vestibulares da UFMG, UnB, UFJF, Ufes e UFRN, entre outras.
CRONOGRAMA DO ENEM 2013
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Pagamento das incrições
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Até 29/05
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Taxa de inscrição
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R$ 35
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Data das provas
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26/10 (13h - 17h30): - ciências humanas - ciências da natureza 27/10 (13h - 18h30): - linguagens - matemática - redação
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Divulgação do gabarito
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Até dia 30/10
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Resultado individual
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Data a ser divulgada
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Fonte: Inep
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O Enem também é usado para o candidato pedir bolsa de estudos pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), solicitar benefícios do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), e obter certificado de conclusão do ensino médio. Também será usado nos programas de bolsa de estudos (Prouni) e de financiamento estudantil (Fies), entre outros programas do Ministério da Educação, como o Ciência sem Fronteiras.
ÁREAS DO CONHECIMENTO
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Ciências humanas e suas tecnologias: história, geografia, filosofia e sociologia
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Ciências da natureza e suas tecnologias: química, física e biologia
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Linguagens, códigos e suas tecnologias e redação: língua portuguesa, literatura, língua estrangeira (inglês ou espanhol), artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação
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Matemática e suas tecnologias: matemática
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As provas
O Enem será realizado nos dias 26 e 27 de outubro. O exame tem quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha e uma redação. As provas vão tratar de quatro áreas de conhecimento do ensino médio (veja ao lado).
Para a realização, das provas o candidato deverá usar somente caneta esferográfica com tinta preta e feita com material transparente.
As provas terão início às 13h e os portões serão abertos às 12h (sempre no horário de Brasília). No dia 26 de outubro, os candidatos farão as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias, até as 17h30. No dia 27 de outubro serão realizadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias, que terminarão às 18h30. O candidato só pode entregar o gabarito e deixar a sala após duas horas de prova. Para levar o caderno de questões, é necessário esperar na sala até que faltem 30 minutos para o fim da prova.
O Inep recomenda que os candidatos cheguem ao local de prova ao meio-dia (horário de Brasília). É obrigatória a apresentação de documento de identificação original com foto para a realização das provas. Quem não tiver o documento deverá apresentar boletim de ocorrência emitido no máximo 90 dias antes da data da prova e se submeter a uma identificação especial e preenchimento de formulário próprio.
Conferência dos dados
Antes de iniciar as provas, de acordo com o edital, o candidato deverá verificar se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões indicadas no seu cartão-resposta e contém qualquer defeito gráfico que impossibilite a resposta às questões. O estudante deverá ler e conferir todas as informações registradas no caderno de questões, no cartão-resposta, na folha de redação, na lista de presença e demais documentos do exame.
Se notar alguma coisa errada, o candidato deverá imediatamente comunicar ao aplicador de sua sala para que ele tome as providências cabíveis no momento da aplicação da prova.
Segundo o edital, a capa do caderno de questões possui informações sobre a cor do mesmo e uma frase em destaque, e caberá obrigatoriamente ao candidato marcar nos cartões-resposta, a opção correspondente à cor da capa do caderno de questões; transcrever nos cartões-resposta a frase apresentada na capa de seu caderno de questões. As respostas das provas objetivas e o texto da redação só deverão ser transcritos, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, nos respectivos cartões-resposta e folha de redação, que deverão ser entregues ao aplicador ao terminar o exame.
O que não pode
O edital proíbe ao candidato, sob pena de eliminação, falar com outros candidatos, usar lápis, lapiseira, borracha, livros, manuais, impressos, anotações, óculos escuros, calculadora, agendas eletrônicas, celulares, smartphones, tablets, ipod, gravadores, pen drive, mp3 ou similar, relógio ou qualquer receptor ou transmissor de dados e mensagens.
O edital afirma que é obrigação do candidato "guardar, ao ingressar em sala de provas, em embalagem porta-objetos fornecida pelo aplicador, telefone celular desligado, quaisquer outros equipamentos eletrônicos desligados e outros pertences listados anteriormente, sob pena de eliminação do exame". No último Enem, dezenas de candidatos foram eliminados depois que tiraram fotos com celular do cartão de respostas, antes do início da prova, e as postaram em redes sociais.
Todos os pertences que não sejam a caneta preta de material transparente e o documento de identificação deverão ser guardados em um porta-objetos com lacre, que deverá ficar embaixo da carteira do candidato e só poderá ser reaberto após a saída dele da sala de prova.
VEJA AS COMPETÊNCIAS DA REDAÇÃO
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Competência I: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita
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Competência II: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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Competência III: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Competência IV: Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários para a construção da argumentação.
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Competência V: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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Fonte: Inep
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A redação
O sistema de correção do Enem ficou ainda mais rígido em 2013. A partir deste ano, três mudanças devem garantir uma correção mais rigorosa: a proibição do deboche, a exigência do domínio da norma culta para receber a nota máxima e a redução da discrepância máxima nas notas dos dois corretores para que a redação seja encaminhada por uma terceira avaliação independente.
Além de alterar as regras para anulação da redação parar incluir as tentativas de deboche, classificadas como tendo "parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto", o MEC agora vai exigir uma justificativa dos corretores para aceitar que uma redação contendo erro de português receba a nota máxima. O ministério ainda diminuiu a discrepância máxima aceita entre os dois corretores.
A nota final corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas pelos dois corretores. Caso haja discrepância de 100 pontos ou mais na nota final atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1.000), ou de 80 pontos ou mais em pelo menos uma das competências, a redação passará por um terceiro corretor, em um mecanismo que o Inep chama de "recurso de ofício".
Se a discrepância persistir, uma banca certificadora composta por três avaliadores examinará a prova. Os candidatos poderão solicitar vistas da correção, porém não poderão pedir a revisão da nota.
Além das provas com deboche, será atribuída nota zero à redação: que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo; sem texto escrito na folha de redação, que será considerada "em branco"; com até sete linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará "texto insuficiente"; linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no caderno de questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas; com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada "anulada".
Os resultados
Os gabaritos das provas objetivas serão divulgados no site https://www.inep.gov.br/enem até o terceiro dia útil após as provas, ou seja, até 30 de outubro. Os candidatos poderão acessar os resultados individuais do Enem 2013 em data que ainda será divulgada, mediante inserção do número de inscrição e senha ou CPF e senha no endereço eletrônicohttps://sistemasenem2.inep.gov.br/.
O Inep diz que a utilização dos resultados individuais do Enem para fins de certificação, seleção, classificação ou premiação não é de responsabilidade do órgão, mas das entidades às quais os dados serão informados pelo candidato.
O Inep não fornecerá atestados, certificados ou certidões relativas à classificação ou nota dos candidatos. De acordo com a portaria publicada no "Diário Oficial", a inscrição do participante implica a aceitação das disposições, diretrizes e procedimentos para a edição do Enem contidas no edital. Para os adultos submetidos a penas privativas de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas, que incluam privação de liberdade, haverá um edital para o processo de inscrição específico.
Mesmo com as últimas chuvas que caíram no estado, a situação ainda é grave em quase 200 municípios do Piauí que enfrenta uma forte estiagem. Em Teresina o Exército se mobiliza para identificar as cidades mais castigadas pela seca.
Segundo o comandante Jackson Figueiredo, atualmente o exército atende 79 municípios do Piauí e um no estado da Bahia. “Nossa missão na ‘Operação Carro-Pipa’, é elaborar a coordenação da distribuição da água potável para as populações mais necessitadas após a indicação feitas pelas Comissões de Defesa Civil das cidades”, disse.
O Figueiredo disse ainda que mesmo chuvas que caíram nos últimos dias no estado, a quantidade de águas não foram suficientes para acumular água nos reservatórios. “Nós estamos trabalhando com 493 carros-pipa e, as pessoas beneficiadas são aquelas que são indicadas pela Defesa Civil, já que o órgão convive com essas pessoas e sabem da necessidade de cada um”, contou.
Durante a operação de combate a seca, equipes do exército também fazem o controle nas regiões, para identificar possíveis comunidades atingidas pela estiagem e também para garantir a chegada da água até os lugares afetados. “Verificamos se o caminhão deixa água, fazemos contado com os presidentes da Defesa Civil de cada lugar e conversamos com moradores. O número de veículo que atende esses lugares deve ser aumentar, já que a seca daqui para frente deve se agravar”, finalizou o comandante.
Fonte: G1
Um levantamento da Polícia Federal apontou que a venda de armas no Brasil cresceu 378% desde 2007 e já supera os níveis anteriores a entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento em 2003.
Só em 2012, foram feitos 31.500 cadastros, um número bem superior aos 22 mil registros feitos em 2003, ano de início da nova legislação. As informações foram divulgadas pelo jornal "O Globo" deste domingo (12).
Especialistas ouvidos falam que as causas disso foram a falta de campanhas contra o armamento e o aumento da violência nas metrópoles brasileiras.
Logo após o surgimento do estatuto, a comercialização legal de armas caiu. Em 2004, por exemplo, foram 5.161. Isso se manteve até 2008, quando houve uma explosão nas vendas, um crescimento registrado até hoje.
Com a lei recente, o processo para tirar o porte legal chega a custar até R$ 1.000, entre a burocracia, teste psicológico, curso de tiro e registro na Polícia Federal. E a arma deve ser recadastrada a cada três anos pelo proprietário. Caso contrário, há pena de detenção de um a três anos.
Mesmo com essas restrições, segundo dado apresentado pelo jornal, o Brasil é o país no mundo onde mais se mata com arma de fogo –boa parte dessa estatística é devida às armas ilegais que circulam pelo país.
Fonte; UOL
Em enquete realizada pelo Site Miséria, a maioria esmagadora dos participantes acha que o Brasil deve mudar seu código penal (que é do longínquo ano de 1940) e reduzir a maioridade penal. 93.8 % dos internautas foram a favor da diminuição, 5.10 % se opuseram a medida e 1.02 % se disseram indiferentes ao assunto, que ganhou notoriedade e destaque nacional após casos bárbaros como o da Dentista morta queimada em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, por um “adolescente” de 17 anos e do universitário assassinado friamente em frente ao prédio em que morava (São Paulo) por um, também “adolescente”, que completaria 18 anos em três dias.
A questão é muito mais complexa do quê se pode imaginar. No congresso, há quem defenda a tese de que reduzindo a maioridade penal, os presídios (já superlotados e sem a essência de ressocializar os detentos) se tornarão “universidades para o crime”; já outra parte da bancada apoia o clamor público considerando que o tráfico utiliza esses “adolescentes” para blindar as punições, uma vez que os “jovens” são amparados pela velha constituição. Há quem argumente: “se pode votar e eleger os políticos que regem o país, também deverá responder pelos seus atos”; mas a questão não seria estrutural? Adotar uma medida paliativa resolveria (ou amenizaria) essa violência que mata mais pessoas no Brasil do que em países como Iraque e Paquistão, por exemplo.
Fonte:Miseria
O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe de órgão de repressão política durante a ditadura militar, afirmou nesta sexta-feira (10) em depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV) que a presidente Dilma Rousseff participou de "organizações terroristas" com intenção de implantar o comunismo no Brasil. Para Ustra, se os militares não tivessem lutado, o Brasil estaria sob uma "ditadura do proletariado".
Ao ser consultada, a assessoria de imprensa da Presidência da República informou que ainda não tinha conhecimento das declarações de Ustra.
De 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974, Ustra foi chefe do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do II Exército, órgão de repressão política durante o regime militar.
Ele obteve na Justiça autorização para ficar calado durante o depoimento para o qual foi convocado pela Comissão Nacional da Verdade. Mas mesmo assim resolveu se manifestar. Ao chegar, pediu para fazer uma declaração inicial e depois respondeu a algumas perguntas.
“Todas as organizações terroristas, todas elas e mais de 40 eram elas, em todos os seus estatutos, seus programas está lá escrito claramente que o objetivo final era a implantação de uma ditadura do proletariado, do comunismo. O objetivo intermediário era a luta contra os militares, derrubar os militares e implantar o comunismo. Isso consta de todas as organizações”, afirmou.
Ustra se referiu à presidente Dilma Rousseff ao afirmar que não estaria falando à Comissão da Verdade se um regime comunista tivesse se estabelecido no Brasil.
“Inclusive nas quatro organizações terroristas que nossa atual presidenta da República, hoje está lá na Presidência da República, ela pertenceu a quatro organizações terroristas que tinham isso, de implantar o comunismo no Brasil. Então estávamos conscientes de que estávamos lutando para preservar a democracia e estávamos lutando contra o comunismo. [...] Se não fosse a nossa luta, se não tivéssemos lutado, hoje eu não estaria aqui porque eu já teria ido para o ´paredon´. Hoje não existiria democracia nesse país. O senhores estariam em um regime comunista tipo de Fidel Castro [ex-presidente de Cuba]”, completou Ustra.
Nos anos 1960, a presidente Dilma Rousseff integrou as organizações clandestinas Política Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional (Colina) e Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), dedicadas a combater a ditadura militar. Condenada por "subversão", ela passou três anos presa no presídio Tiradentes, em São Paulo (entre 1970 e 1972). No final dos anos 1970, no Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o PDT, de Leonel Brizola. Em 1990, filiou-se ao PT.
Instrumentos de tortura
Indagado sobre o que eram os instrumentos de tortura pau de arara e cadeira do dragão e com que frequência eram utilizados contra os presos, Ustra respondeu: “Está tudo escrito no meu livro, não vou responder”.
"A titulo de cooperação, entreguei à Comissão da Verdade um livro com mais de 600 páginas onde detalho tudo, como era feitas as prisões, os inquéritos, tudo o que aconteceu. O meu depoimento que prestei está ali. Agi com consciência, agi com tranquilidade, nunca ocultei cadáver, nunca cometi assassinatos, sempre agi dentro da lei e da ordem. Nunca fui um assassino, graças a Deus nunca fui", disse.
Durante o depoimento, o conselheiro Claudio Fontelles apresentou documentos que apontam 50 mortes no DOI-Codi durante o período em que o órgão foi chefiado por Ustra. O coronel disse que não houve mortes na sede do órgão, mas "em combate".
"Eu não vou me entregar. Eu lutei, lutei, lutei. Tudo o que eu tenho que declarar eu já disse, está no livro. Neste momento, me asseguro o direito de me manter calado reforçando a decisão do juiz da 12ª Vara de Justiça", disse.
Exército
O coronel reformado disse que fazia parte de uma "cadeia de comando" e que cumpria ordens.
“Eu era um agente do Estado, comandante de uma unidade militar dentro da cadeia de comando. Durante meu comando, nunca fui punido, nunca fui repreendido, recebi os melhores elogios da minha vida militar”, afirmou ao fazer a declaração inicial.
Ustra disse que não era ele quem deveria estar respondendo pelas acusações, mas sim o Exército. “Quem tem que estar aqui é o Exercito Brasileiro, que assumiu por ordem do Presidente da República, a ordem de combater o terrorismo e sobre os quais eu cumpri todas as ordens, ordens legais”, declarou.
Após o fim da audiência, em entrevista à imprensa, Fonteles rebateu a declaração de Ustra. Segundo o conselheiro, não se pode cumprir ordens ilegais. “Está no nosso direito penal que só se desculpa uma pessoa quando a ordem que ela recebe e cumpre não é manifestamente ilegal. Ordem de torturar, de matar, de fazer desaparecer, isso é manifestamente ilegal”, afirmou.
Para Fonteles, Exército, Marinha e Aeronáutica “são instituições fundamentais para a democracia” e não devem ser julgadas. “Esse é o grande equívoco, não está em julgamento nem nunca deverá estar as instituições militares”, disse, “maus agentes públicos é que denegriram o nome dessas instituições”.
Ex-agente também depõe
Antes de Ustra, o ex-servidor do DOI-Codi de São Paulo Marival Chaves Dias do Cantoafirmou em depoimento à CNV, que, durante a gestão do coronel reformado, cadáveres de militantes mortos em centros clandestinos de tortura eram exibidos como "troféus" a agentes do órgão.
Fonte: G1