A campanha nacional de vacinação contra a gripe foi prorrogada até o dia 10 de maio, informa o Ministério da Saúde. A previsão anterior era que a campanha terminasse nesta sexta-feira (26).
O prazo maior é necessário para dar mais tempo para as pessoas se imunizarem, diz o ministério. A cobertura até agora foi de mais de 50% do público-alvo, formado por de 39,2 milhões de indivíduos, e a meta é chegar a 80%, segundo a pasta.
A prorrogação é normal e atinge todos os estados. Nada muda, com exceção do prazo, diz o ministério. A meta é atingir 32 milhões de pessoas. A imunização protege contra os três subtipos do vírus influenza que mais circularam no inverno passado: A (H1N1) – conhecido popularmente como gripe suína –, A (H3N2) e B.
Foram distribuídas, neste ano, 43 milhões de doses da vacina para 65 mil postos de saúde, segundo a pasta. Em 2012, 26 milhões de pessoas foram imunizadas, número equivalente a 86,3% do público-alvo. O índice superou a meta prevista, de 80% do público.
O objetivo deste ano é de atingir cerca de 80% do público-alvo da ação, que inclui idosos com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a dois anos, gestantes, indígenas, presidiários e profissionais de saúde. Doentes crônicos e mulheres no período até 45 dias depois do parto também devem receber a vacina.
"A vacinação é segura e feita com o objetivo de diminuir o risco de ter doença grave e evitar o óbito. Ao mesmo tempo, as pessoas que apresentarem os sintomas de gripe devem procurar o posto de saúde, porque tem tratamento", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em nota oficial divulgada pelo ministério.
Segundo o ministro, o governo federal quer estimular estados e municípios a terem uma estratégia de busca ativa do público-alvo.
Reduzir internações
O principal objetivo da campanha é ajudar a reduzir as complicações, internações e mortes decorrentes da gripe. De acordo com Padilha, a meta é reforçar o atendimento às pessoas com doenças crônicas, independentemente da faixa etária. Isso inclui quem tem problemas cardíacos, pulmonares, transplante de rim, obesidade, deficiência mental e pacientes que usam medicamentos imunossupressores, entre outros.
A novidade de 2013 é que os doentes crônicos terão acesso ampliado a todos os postos de saúde, e não apenas aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Cries). Para isso, é preciso apresentar apenas a prescrição médica no ato da vacinação.
Pacientes já cadastrados em programas de controle de doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar os postos em que estão inscritos. Caso a unidade de saúde que oferece atendimento regular não tenha um posto de vacinação, a pessoa deve solicitar uma prescrição médica.
Os pacientes da rede privada ou conveniada também devem ter prescrição médica e apresentá-la nos postos durante a campanha.
Fonte: G1
Médicos de pelo menos oito estados e do Distrito Federal vão suspender o atendimento a pacientes de planos de saúde nesta quinta-feira (25) em protesto contra as operadoras. O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que as consultas que já estiverem agendadas serão remarcadas e os atendimentos de urgência e emergência nos prontos-socorros não serão afetados.
Nesta quarta, representantes dos médicos entregaram uma pauta com reivindicações à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula os planos de saúde no país.
O protesto dos médicos contra os planos de saúde acontece pelo terceiro ano consecutivo. Entre as reclamações, a categoria pede honorários médicos “dignos”, com reajustes que, segundo nota do CFM, são previstos por contrato.
Os médicos reclamam também do que eles chamam de “interferência no trabalho médico, no momento do diagnostico e da prescrição”. Os planos de saúde, muitas vezes, não cobrem exames ou tratamentos recomendados pelos médicos, o que afeta a qualidade do serviço prestado.
Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Rondônia, São Paulo e Sergipe terão a suspensão dos atendimentos. Nos demais estados, a manifestação dos médicos será feita de outras maneiras – as entidades médicas do Acre, de Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina ainda não tinham avisado ao CFM que medidas tomariam até as 8h30 desta quinta.
Bahia
Cerca de 12 mil médicos baianos aderiram à mobilização nacional. Somente os casos de urgência e emergência estão sendo tratados. De acordo com o Conselho Regional de Medicina, a categoria se reúne às 14h para discutir a relação com as operadoras. Na Bahia, a paralisação afeta cerca de 1 milhão e 500 mil usuários, o que corresponde a 11,1% da população.
Distrito Federal
Médicos da rede privada suspenderam o atendimento. Eles pleiteiam um reajuste de 100%, sem repasse aos usuários dos planos. Nem as associações de médicos, nem a entidade que representa as empresas de planos de sáude fizeram estimativa de adesão dos profissionais ao protesto.
Goiás
Em Goiás, o protesto deve deixar cerca de 850 mil usuários sem atendimento. O comitê de médicos que organiza o movimento no estado aprovou a suspensão do atendimento a clientes dos planos de saúde que pagam menos de R$ 60 por consulta, descumpriram acordos firmados ou que não negociaram com os representantes da classe.
Piauí
Mais de 300 mil clientes devem ser prejudicados com a suspensão do atendimento no estado. De acordo com o Sindicato dos Médicos do Piauí, os profissionais do estado vão se reunir na sede da entidade, em Teresina, para discutir sobre o problema.
Rio Grande do Sul
No estado, foi apresentado um balanço das negociações com as empresas do setor. Segundo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), dos 12 planos privados que atuam no estado, 10 já têm proposta de reajuste. Como o processo está em andamento, a categoria decidiu não suspender atendimentos.
Rondônia
Médicos de Rondônia mantiveram os atendimentos normais aos pacientes de planos de saúde O Sindicato Médico (Simero) informou que os profissionais do estado optaram pela instalação de câmaras técnicas de acordo com cada especialidade para negociar junto aos planos de saúde. Desta forma, cada especialidade poderá negociar suas reivindicações de forma mais específica com cada operadora de plano de saúde, de acordo com as suas necessidades.
São Paulo
Em São Paulo, dentistas e fisioterapeutas também aderiram ao protesto dos médicos e suspenderam os atendimentos. Desde as 7h, as categorias faziam panfletagem na Avenida Paulista para explicar os motivos da paralisação. Às 10h, os profissionais de saúde vão se encontrar em frente ao prédio da Gazeta. Durante o ato, 10 mil balões pretos serão soltos.
O Conselho Federal de Odontologia afirmou que não há uma manifestação prevista pelos dentistas em nível nacional. Já o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional não soube informar se haveria uma mobilização nacional da categoria.
Fonte: G1/ QuidNovi